Cirurgia de fimose: o que é e onde fazer
Pacientes que precisam fazer a cirurgia de fimose podem ter a cobertura do plano de saúde ou realizá-la gratuitamente pelo SUS. Saiba mais!
A cirurgia de fimose é um dos tratamentos disponíveis para o excesso de pele no prepúcio, o que causa dor e incômodo na região.
A fimose implica no enrijecimento da pele que cobre a glande, ou seja, do prepúcio. A partir disso, o paciente tem dificuldade para expor a glande, o que pode gerar dor e incômodo ao urinar e em relações sexuais. Além disso, o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis e outros problemas aumenta.
O paciente que sofre com esse problema e se interessa pela cirurgia de fimose pode procurar o serviço em clínicas particulares, com ou sem a cobertura do plano de saúde, e também na rede pública, o SUS (Sistema Único de Saúde).
Nesta matéria, saiba mais sobre como funciona a cirurgia de fimose e entenda o que fazer para realizá-la tanto na rede particular, quanto na rede pública.
Como é feita a cirurgia de fimose?
Quando um paciente tem fimose, o seu prepúcio fica enrijecido, dificultando a exposição da glande (a cabeça do pênis). Sendo assim, a cirurgia retira o prepúcio ou faz cortes que permitem a retração da pele.
Existem dois tipos de fimose: a fisiológica e a secundária. A primeira é a mais comum, presente desde o nascimento. Ela é mais suave e tende a passar com o tempo, não exigindo tratamento ou, em alguns casos, melhorando com cremes e pomadas prescritas por médicos pediatras.
Já a fimose secundária pode acontecer quando a fimose fisiológica não passa com o tempo, ou quando o paciente tem alguma infecção, inflamação ou outro problema. Neste caso, ela pode ser adquirida já na fase adulta.
A cirurgia de fimose, também chamada de postectomia ou circuncisão, pode ser feita com anestesia geral ou local. Após realizado o procedimento, o paciente pode retornar à sua casa no mesmo dia.
O curativo colocado sobre o local operado pode ser retirado em um ou dois dias. Além disso, os cuidados pós-operatórios consistem na higienização local adequada, conforme indicação médica.
No geral, a recuperação da cirurgia de fimose é rápida, principalmente quando feita em ambiente hospitalar, que oferece menos riscos ao paciente.
Vale saber que também existe fimose feminina. Neste caso, a complicação se dá quando os pequenos lábios grudam um no outro, fechando a entrada da vagina. Dependendo do caso, a cirurgia também pode ser necessária.
Quem pode fazer essa cirurgia?
Não há muitos requisitos para que o paciente faça a cirurgia de fimose. O ideal é que o procedimento aconteça ainda durante a infância. No entanto, no caso da fimose secundária, não há problemas para o paciente adulto – a cirurgia pode ser feita em qualquer fase da vida.
Além disso, é fundamental que o paciente tenha a indicação médica. Sem ela, não é possível realizar o procedimento.
Para isso, o paciente deve ter um acompanhamento médico com um médico especialista e fazer todos os exames pré-operatórios necessários. No caso de pacientes cardíacos ou que possuem outras comorbidades, esses exames podem ser mais detalhados.
Apenas um especialista pode afirmar se o seu caso permite ou não a realização do procedimento cirúrgico.
Onde fazer a cirurgia de fimose?
O médico responsável por fazer a cirurgia de fimose é o urologista ou, no caso de crianças, um cirurgião pediátrico. Assim, o paciente pode procurar o atendimento em clínicas particulares ou na rede pública de saúde.
Em clínicas particulares, os beneficiários de planos de saúde podem ter a cobertura da operadora, independente da segmentação do convênio médico – tanto planos hospitalares quanto planos ambulatoriais devem garantir a cobertura ao paciente.
Vale saber, ainda, que a cirurgia de fimose está presente no rol de procedimentos básicos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Sendo assim, a cobertura é obrigatória.
A cirurgia também pode ser feita pelo SUS, sem gerar custos ao paciente.
Como fazer a cirurgia de fimose pelo plano de saúde?
Sabendo que a postectomia está inclusa no rol de procedimentos básicos da ANS, a cobertura da cirurgia deve, sim, ser garantida pelas operadoras de saúde.
Sendo assim, a primeira coisa que o beneficiário deve fazer é agendar uma consulta com o urologista ou médico pediatra, para que o profissional faça uma avaliação completa do seu caso.
Uma vez que o médico determinar que a cirurgia é o melhor tratamento, você terá a indicação médica e já poderá solicitar ao plano a cobertura necessária.
Vale saber que um dos requisitos para ter o procedimento coberto é o cumprimento integral da carência. Se o tempo de carência não for cumprido completamente, a operadora pode se recusar a fornecer a cobertura. Já se o cumprimento for integral, a cobertura é obrigatória.
Lembre-se, ainda, de que a cobertura independe do tipo de segmentação do plano. Tanto em planos ambulatoriais quanto em planos hospitalares, a cirurgia de fimose deve ser coberta.
Como fazer a cirurgia de fimose pelo SUS?
Assim como em clínicas particulares, no SUS, é fundamental que o paciente que precisa da cirurgia de fimose busque o atendimento médico com um especialista, a fim de ter o diagnóstico correto e a indicação do procedimento cirúrgico como melhor tratamento.
A consulta médica é necessária não apenas para obter o pedido médico – documento sem o qual a cirurgia não pode ser feita -, mas também para saber se suas atuais condições de saúde são adequadas para a cirurgia.
Além disso, o paciente também precisa estar cadastrado no sistema de saúde pública. Esse cadastro é necessário não apenas para a realização da cirurgia, como para qualquer atendimento no SUS, especialmente para a consulta antes da operação.
Com a indicação médica em mãos, basta aguardar o agendamento da cirurgia.
O que fazer em caso de negativa de atendimento?
Mesmo que a cirurgia de fimose seja uma cirurgia completamente funcional, coberta tanto pelos planos de saúde quanto pela rede pública, o paciente ainda pode se deparar com a negativa de atendimento.
Dependendo do caso, essa recusa pode caracterizar uma prática abusiva, assim como o longo tempo de espera na fila para realizar o procedimento.
Diante da negativa, o beneficiário do plano de saúde deve pedir à operadora a negativa da cirurgia por escrito. O documento deve conter a razão da recusa, com linguagem clara e objetiva.
Já se a recusa for no SUS, o paciente também deve receber uma certidão que comprove a recusa do atendimento.
Com o documento em mãos, é possível entrar com uma ação contra a operadora ou contra o próprio SUS, e pedir uma liminar. Trata-se de uma decisão judicial feita em situações urgentes, sem a qual o paciente terá que esperar pelo resultado definitivo.
Dependendo da cidade onde a liminar for solicitada, é possível consegui-la em até 48 horas, apenas.
Os beneficiários de planos de saúde também podem registrar uma reclamação na ANS ou junto aos órgãos de proteção ao consumidor. No Procon, por exemplo, o registro pode ser feito pelo site do órgão, telefone ou em um dos postos físicos credenciados.
Já os pacientes que optam ou dependem do atendimento no SUS podem reclamar junto à Ouvidoria Geral do SUS, ligando no telefone 136. A reclamação também pode ser feita online pelo Fala.br.
Quer saber se você foi vítima de uma prática abusiva do seu plano de saúde ou do SUS? A JusVita pode te ajudar! Somos uma empresa especializada em auxiliar o paciente que teve ou está com problemas com a sua assistência médica ou com o Sistema Único de Saúde.
O primeiro passo é responder gratuitamente o nosso formulário de avaliação. Depois, é só enviar as fotos dos documentos solicitados, bem como dos comprovantes relativos à negativa de atendimento.
Feito isso, nossa equipe fará a análise completa do seu caso e, ao terminar, entrará em contato com você em até 24 horas.
Quer saber mais sobre como podemos te ajudar? Então, entre em contato conosco pelo telefone (11) 93023-7616 ou escreva para [email protected].